sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PLANTAS TRANSGÊNICAS

Nos últimos vinte e cinco anos, descobertas científicas que ocorreram principalmente nas áreas de biologia celular e molecular, combinadas com avanços nas áreas de química e microeletrônica produziram novas tecnologias que, já na década de oitenta, modificaram todos os setores tecnológicos e industriais relacionados com a biologia, entre os quais, a agricultura.
Pela tecnologia do DNA recombinante, genes de praticamente qualquer organismo, podem ser isolados, caracterizados, modificados e transferidos para qualquer outro organismo onde, sob o comando de promotores adequados, se expressam em quantidades desejadas em células e tecidos específicos, sob preciso controle temporal. Foram, assim, eliminadas as barreiras biológicas que isolaram os genomas, como conseqüência de milhões de anos de evolução.

A transformação genética de vegetais permite a introdução de genes específicos no genoma de cultivares comerciais. Esta tecnologia vem auxiliar os programas de melhoramento, permitindo o fluxo de genes para plantas, os quais seriam impossíveis de serem transferidos através de cruzamentos sexuais ou fusão de gametas. As plantas obtidas no processo de transformação genética devem ser introduzidas em um programa de melhoramento para o desenvolvimento de novas cultivares.


O tema alimentos transgênicos tem causado muitos debates, por ser extremamente polêmico, tanto do ponto de vista ambiental, como social.
Há pesquisadores que ressaltam que é necessário medir a segurança biológica da convivência das tecnologias com a sobrevivência dos organismos vivos. Precisamos estar atentos à relação entre a biotecnologia e a biodiversidade. Afirmam que se não usarmos de forma sustentável os recursos da natureza, a vida na Terra corre o risco de se extinguir dentro de 50 anos. Com o uso desordenado da biodiversidade, a taxa de extinção das espécies, hoje, é mil vezes maior que a taxa histórica medida há 50 anos. Até o final do século, calcula-se que três quartos das espécies estarão extintas. Ela afirmou ainda que outro fator que colabora para a extinção é a própria migração humana.
A biotecnologia pode contribuir diretamente com a redução nos custos de produção.  Empresas afirmam que os produtos transgênicos que facilitam o controle de plantas daninhas e insetos estão provocando impacto positivo nos Estados Unidos, e que podem reduzir o uso de inseticidas de 10 a 40%. A empresa divulga também que nos Estados Unidos, a biotecnologia eleva em 9% a produção de soja. Os custos também são reduzidos, no milho o percentual chega a 5% e na soja 4%. A rentabilidade com a utilização da biotecnologia foi de 14% no milho e 12% na soja. Na cultura do algodão mais de 1 milhão de litros de inseticidas deixaram de ser aplicados anualmente. Porém, informações mais pormenorizadas sobre esses dados são escassas.
No Brasil, a discussão está pautada muito mais na opinião pessoal de pesquisadores e políticos do que em informações objetivas sobre o assunto.
     É preciso salientar que nada tem risco zero. Que ninguém pode prever o imprevisível, nem mesmo a ciência. Para isso devemos trabalhar sempre com risco mínimo e os produtos devem ser muito bem testados e analisados antes da liberação para consumo humano ou animal. No caso de produtos transgênicos, cada um deve ser analisado especificamente. O que precisamos é ter conhecimento do assunto.
LACERDA, A.L.S. Plantas Transgênicas. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2006_3/transgenicos/index.htm>. Acesso em: 02/10/2013

Imagem disponível em: http://ciencia.hsw.uol.com.br/transgenicos2.htm Acessado em 02/10/2013

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